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3 de novembro de 2016

O Dia do Curinga (Kabalmysteriet)

 Alguns meses atras estava conversando com uma profissional da área de historia, sobre inúmeros assuntos das ciências humanas, e no meio da conversa começamos a indicar livros um para o outro, de um autor que percebemos gostar muito.

Capa do Livro O Dia do Curinga (Figura de um bobo da corte)
Capa do livro em Português

 O livro que ela me indicou foi O Dia do Curinga, de autoria de Jostien Gaarder, famoso escritor norueguês de livros infanto juvenis, onde aborda muitos temas sobre filosofia.
 A historia deste livro se centra em um relato de um garoto chamado Hans-Thomas, quando o mesmo tinha 12 anos e empreendeu junto com seu pai uma viagem de carro da Noruega até a Grécia, para procurar sua mãe que a 8 anos havia deixados. Esta aparentemente simples viagem se transforma em uma aventura de descobertas sobre o passado, presente e futuro, de Hans-Thomas e sua família, quando alem das conversas filosóficas de seu pai sobre vários assuntos, nos é contado uma historia fantástica historia paralela.
 Para quem pegou o livro pela primeira vez, deve ter notado que cada partes pertence a um naipe e os títulos dos capítulos são nomes das cartas de baralho com pequenas frases no subtitulo. Esta organização se deve a um dos mistérios do livro e vai se tornando clara na historia paralela, onde conhecemos Frode, sua bebida purpura cintilante e seu misterioso baralho.
 É interessante notar que o autor, no meio das pausas filosóficas  do pai de Hans, levanta questões sobre a vida e o destino, com pontuais citações a pensadores da Grécia clássica e aos mistérios de seu mundo mitológico. Em paralelo as duas historias do livro se cruzam em vários pontos como na temática sobre os efeitos nocivos do alcoolismo, maldições de família, o existencialismo e o poder da imaginação. Nestes dois últimos casos somos apresentados ao mistério baralho de um naufrago.
 Este baralho serviu ao seu dono de varias maneirar em seu isolamento, em uma ilha maravilhosa, ajudando na contagem do tempo, onde um mês teria 28 dias, um ano treze meses, com cada dia e ano correspondente a uma carta, percorrendo um ciclo de 52 anos. As cartas também foram usada para que fosse realizado um jogo especial de paciência, onde cada carta ganhou vida e deveria dizer em um dia especial, o dia do curinga, uma frase que organizada contaria uma historia onde o passado o presente e o futuro se encontram.
 Os mistérios destas cartas no livro chamam atenção, porque muitas delas parecem ter seus paralelos com as vida dos personagens, como por exemplo o Ás de Copas e a mãe de Hans-Thomas, que se sente perdida e precisa se encontrar, ou no pai do rapaz que tem um fascínio por cartas de curingas.
 Uma coisa que notei é que a paciência, onde o curinga organiza as cartas e suas frases, lembra bastante o jogo de tarot, ou qualquer uso da cartomancia, que visa elucidar as  questões como um oraculo.
 Recomendo este livro por lidar com inúmeras questões filosóficas, bem como questões do cotidiano, ao excedermos no uso de coisas que podem despertar estados alterados de consciência, e na curiosidade sobre os oráculos, onde ate um simples jogo de cartas pode nos dizer muitas coisas. 
 É bom lembrar que existem alguns curingas por ai, cada um de um jogo, mas o que todos tem em comum é a busca pelo conhecimento do mundo e de si mesmos.
 Obs.: O livro inspirou algumas coisas interessantes disponíveis na internet e vou disponibilizar algumas delas abaixo:



Destalhes do calendário do Curinga


Uma das frases importantes do livro

Onde encontrar?






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